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terça-feira, 18 de março de 2014

Biblioteconomia alia teoria e prática

Apenas 2% da população brasileira se considera muito bem informada sobre questões ambientais. É o que afirma o professor Lucivaldo Barros, do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Os dados são de uma pesquisa de opinião pública realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Social do Ensino da Religião, publicado em 2012.
A carência de informações sobre o tema e as demandas do novo perfil do bibliotecário foram alguns dos fatores que influenciaram na implantação da disciplina optativa “Informação Ambiental”, atualmente ministrada pelo professor Lucivaldo Barros. A disciplina compõe o novo currículo acadêmico do curso e foi ministrada, pela primeira vez, no semestre passado.

Com doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB), o professor buscou unir suas duas formações no conteúdo da disciplina e conta o desafio de ver sua tese aplicada na prática. “Por que eu estudei tanto? Agora, eu quero ver se realmente funciona. Como é que a gente pode promover o direito de acesso à informação ambiental?”.
“Vivemos na Região Amazônica e, às vezes, desconhecemos o nosso potencial em relação à biodiversidade, não só aqui, mas também em relação à informação ambiental no país. Às vezes, não valorizamos o que temos por falta de informação”, avalia o professor.
Entre as atividades propostas pela disciplina, incluem-se algumas atividades realizadas fora da sala de aula, as quais vêm chamando a atenção da comunidade universitária. Para o professor Lucivaldo Barros, essa “é uma forma de sair das quatro paredes e tentar mobilizar as pessoas”.

ATIVIDADES

A primeira atividade reuniu os discentes da disciplina na Capela Ecumênica da UFPA, para a dinâmica intitulada “Cadeia Ecológica”. O professor trabalhou com palavras-chave escolhidas pelos próprios alunos a partir dos estudos realizados nas aulas anteriores.
A partir de um conceito da Biologia, a atividade uniu as duas áreas do conhecimento, uma vez que a escolha de palavras-chave é importante ao trabalho do bibliotecário. Segundo ele, “quando você envolve a questão ambiental, tem a possibilidade de perpassar qualquer outra ciência e envolver qualquer profissional. Ela acaba sendo um viés transversal”.
A última atividade extraclasse levou 36 alunos da disciplina ao Sítio “Toka da Nascente”, localizado no município de Tracuateua, em Vila Fátima, cerca de 190 km de Belém. A programação começou ainda durante a viagem, quando alunos apresentavam pontos importantes no decorrer do trajeto.
Na chegada, os estudantes puderam ter acesso ao inventário florístico do sítio e assistiram a uma apresentação de capoeira de um grupo de crianças do Programa “Mais educação”, de uma escola municipal de Capanema (PA).
Também foram abordados temas sobre as Comunidades Quilombolas de Tracuateua e, além disso, conheceram as atividades do distrito de Vila Fátima. As ações realizadas no sítio foram registradas em vídeo e serão apresentadas aos calouros do curso de Biblioteconomia.
Tayná Ribeiro, aluna do 6º semestre do curso de Biblioteconomia da UFPA, conta que escolheu participar da disciplina movida pela inovação do tema. “Fiquei curiosa em descobrir como o bibliotecário seria inserido nessa discussão sobre o meio ambiente”, relembra. Ela avalia positivamente as atividades propostas pela disciplina e afirma: “é a oportunidade que temos de vivenciar toda a teoria que recebemos durante as aulas. É o momento em que iremos realizar atividades concretas acerca do conteúdo ministrado”.



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