Em 1582, monges beneditinos portugueses fundaram o Mosteiro de São Bento
da Bahia, o primeiro da nova colônia e um dos primeiros fora da Europa. Durante
a imigração, os monges trouxeram manuscritos, iluminuras, livros, documentos
históricos, cartas, testamentos, mapas, partituras musicais, desenhos e plantas
de arquitetura que hoje compõem o acervo da Biblioteca do Mosteiro de São
Bento.
Algumas dessas preciosidades agora estão disponíveis para o público
geral. Depois de um processo de restauração, o mosteiro lançou, ontem, o portal
Livros Raros, que disponibiliza uma valiosa coleção com 60 obras raras da
biblioteca digitalizadas e que podem ser acessadas gratuitamente através do
site www.saobento.org/livrosraros.
O projeto de recuperação, que durou cerca de dois anos, contemplou obras
dos séculos XVI ao XIX que tratam não só de teologia como também de medicina,
homeopatia, história, sociologia e literatura. Além de português, há textos em
latim, francês, galego, espanhol, italiano e árabe - muitos não identificados
em nenhuma outra biblioteca do mundo.