Diretor
da Biblioteca Folger Shakespeare, em Washington DC, Richard Kuhta achou
estranho quando foi convocado de forma repentina para avaliar o livro que um
homem de 50 anos, vestido como se tivesse acabado de sair da praia, carregava
debaixo do braço. O ano era 2008, e a obra apresentada estava danificada, com
páginas faltando e pedaços caindo, mas o bibliotecário reconheceu quase
imediatamente o valor histórico do que tinha em mãos: uma rara cópia do
"Primeiro Folio" de William Shakespeare, obra frequentemente descrita
como "o mais importante livro em língua inglesa", de valor avaliado
em milhões de dólares e que é ainda mais celebrada no momento em que se
comemoram os 450 anos de nascimento do dramaturgo inglês.
O livro, que reuniu pela primeira vez todas as peças escritas por Shakespeare até a sua morte, em 1616, teria sido levado aos Estados Unidos depois de haver sido descoberto pelo playboy milionário britânico Raymond Scott em uma velha biblioteca familiar de Cuba. Kuhta pediu um tempo para avaliar o livro e o que se sucedeu foi uma investigação internacional envolvendo o FBI, a polícia britânica, Cuba, peritos internacionais e uma análise do "DNA" do livro.
O livro, que reuniu pela primeira vez todas as peças escritas por Shakespeare até a sua morte, em 1616, teria sido levado aos Estados Unidos depois de haver sido descoberto pelo playboy milionário britânico Raymond Scott em uma velha biblioteca familiar de Cuba. Kuhta pediu um tempo para avaliar o livro e o que se sucedeu foi uma investigação internacional envolvendo o FBI, a polícia britânica, Cuba, peritos internacionais e uma análise do "DNA" do livro.