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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Gigantes da internet se unem para desenvolver um novo formato de vídeo aberto e gratuito


Sete gigantes da internet — Amazon, Cisco, Google, Intel, Microsoft, Mozilla e Netflix — se uniram para mudar a forma como os vídeos funcionam na rede. Elas anunciaram na terça-feira a criação da Alliance for Open Media (aliança para uma mídia aberta, em tradução livre), um grupo que tem como objetivo central criar um novo formato aberto e gratuito de vídeo de filmes e conteúdo de longa duração. Chama a atenção, porém, o fato de a Apple, com seu próprio navegador, o Safari, e o Facebook estarem de fora da iniciativa.

Segundo o site da "Wired", revista especializada em tecnologia, esse novo formato, que ainda não tem nome, pode facilitar que as grandes da web deixem definitivamente de usar o Adobe Flash, que ainda resiste, apesar de enfrentar muitas críticas. O Adobe é um sistema de código fechado e o programa de criação é pago. Outros formatos também são usados atualmente, além do Adobe Flash, mas todos incluem pagamento de royalties.

Os anúncios em Flash, por exemplo, começaram a ser pausados automaticamente desde terça-feira no Chrome, o navegador da Google. A opção por adotar essa pausa automática como padrão é porque a tecnologia do Flash aumento o número de downloads de uma página e contribui para acabar mais rapidamente com a bateria de um aparelho, piorando a experiência com o browser, segundo a companhia. Os anúncios em Flash continuarão disponíveis, mas o usuário terá de dar play para que ele seja exibido. Uma alternativa é o uso da tecnologia HTML5.

O novo formato da Alliance for Open Media será projetado especificamente para streaming de vídeo através da web mesmo em dispositivos simples, de baixa potência. Além disso, terá proteção contra cópia, o que é uma obrigação para empresas como Netflix.

O foco inicial é garantir um formato de vídeo de nova geração que possa operar em diferentes plataformas e que seja aberto, otimizado para a internet, adequado a qualquer dispositivo moderno em qualquer largura de banda, inclusive em aparelhos mais simples. A ideia é que tenha uso comercial ou para conteúdo gerado pelo usuário.

— As expectativas do consumidor para a entrega de mídia continuam a crescer, e para atender a essas demandas é preciso haver uma energia conjunta de um ecossistema inteiro — afirmou Gabe Frost, diretor executivo do grupo. — A Alliance for Open Media une os principais especialistas de toda a cadeia de vídeo para trabalhar juntos em busca de soluções abertas, gratuitas e intercambiáveis para a próxima geração de entrega de vídeo.

Esse novo formato não fará cobrança de royalties, o que significa que qualquer empresa pode criar softwares para criação ou conversão de vídeo nesse formato sem pagamento de taxa. De acordo com a "Wired", um post no blog da Mozilla dizia na terça-feira que o plano era lançar o padrão sob a licença Apache 2.0, a mais permissiva disponível.

Além disso, o grupo mostra que as organizações de software de código aberto estão assumindo o papel que grandes corporações desempenharam no passado.


— Fornecer uma documentação com milhares de padrões para o fabricante de uma lâmpada não vai ajudá-lo a torná-la melhor, mais barata. Mas, se ela for entregue com um código-fonte aberto, ele pode começar a fazer isso — afirmou à "Wired" no ano passado Jim Zemlin, o diretor da Fundação Linux.

O risco é que o grupo acabe gerando confusão com a criação de um novo padrão. Ainda segundo a "Wired", a Google já criou um formato chamado VP10; a Mozilla produziu outro, o Daala; enquanto a Cisco recentemente divulgou o Thor.

Mas colocar os principais agentes juntos reduz as chances de redundâncias e facilita a chance de que todos cheguem a um único padrão em vez de trabalhar isoladamente, com padrões independentes. Outra dúvida é se a Alliance for Open Media vai conseguir atrair a Apple para que seu formato fique disponível também no Safari, que roda nos iPhones e nos iPads.


Fonte: OGlobo.

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