O CRB-1 informa que nesta quinta-feira, dia 3 de setembro, o Conselheiro do CRB-1 - Cristian Santos - participará do programa "Encontro com Fátima Bernardes". A ideia é defender, durante a entrevista, o cumprimento da Lei nº 12.244/2010, que torna obrigatória a instalação de bibliotecas, com bibliotecários, em todas as escolas do país.
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terça-feira, 1 de setembro de 2015
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Bibliotecas têm papel essencial para estimular leitura no país
Texto de Christine Castilho
Fontelles, socióloga e diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo,
sobre a importância da orientação para a leitura.
"Não entendi nada!". Um número expressivo de pessoas, jovens e
adultos, vive cotidianamente este tormento de efeito paralisante diante de uma
bula de remédio, de um trecho de texto jornalístico, do assunto de uma prova,
de uma mensagem qualquer, uma opinião, um poema.
Não nascemos sabendo e nem gostando de ler, por isso é preciso educar
para ler desde a primeira infância, ler gêneros diversificados, ler literatura.
E, sim, a biblioteca é a casa do leitor e suas portas devem estar escancaradas
para ele!
Afinal, pra que serve a biblioteca? A biblioteca pública aberta à
comunidade é o lugar por excelência para termos acesso gratuito aos recursos e
atendimento para que possamos fazer nossas consultas, empréstimos,
pesquisas e nos tornarmos leitores.
Educar para ler é uma missão que requer esforço, concentração e
criatividade, principalmente em uma época com excesso de informações midiáticas
e escassez de tempo, como a nossa. Logo, é fundamental que a biblioteca seja
viva e se prepare para atrair e reter usuários com estratégias pensadas e
sistematicamente ofertadas aos seus vários públicos: bebês, crianças, jovens,
adultos.
Se alguém entra para ler jornal, por exemplo, pode ser cuidadosamente
envolvido e convencido a testar outras leituras. Bibliotecas bacanas ficam
subutilizadas muitas vezes porque falta este tipo de atendimento - conheci uma
belíssima biblioteca-parque em Bogotá que passava os dias da semana
praticamente vazia de público para tudo.
Como acontecia nas boas locadoras de "antigamente": tinha
sempre um funcionário que nos apresentava aquele novo filme com aquele ator e
aquele tema do nosso interesse e, dias depois, nos convencia a testar aquele
filme com aquele ator que daquela vez fazia outro papel.
E lá íamos nós, saltitando entre comédia, drama, romance, ficção
científica, cult, film noir. Testando palpites do cúmplice e aliado desta
aventura cinematográfica.
Minha convicção é de que não há jornada leitora sem o apoio de um
leitor, no caso, um bibliotecário leitor. Os humanos precisam uns dos outros
para aprender e neste caso não é diferente, mas essencial. E isso está dito em
qualquer pesquisa já realizada sobre comportamento leitor.
Deve ficar ao gosto e às possibilidades do leitor se será em suporte
impresso ou digital: na Biblioteca de São Paulo (zona Norte da cidade), por
exemplo, leitores digitais estão disponíveis para os usuários, mas por enquanto
só podem ser usados dentro da própria biblioteca.
Em países da Europa e nos EUA já existem empresas como a Public Library
Online, que disponibilizam acervo digital aos usuários de bibliotecas públicas,
que podem baixá-los em seus próprios dispositivos eletrônicos.
O que precisamos é ler, ler, ler, como dizia Castro Alves: "Bendito
o que semeia livros à mão cheia. E manda o povo pensar! O livro, caindo n'alma.
É germe – que faz a palma, É chuva – que faz o mar!".
Infraestrutura
Acervo atraente e permanentemente atualizado, conforto térmico,
iluminação adequada, atendimento cotidiano, incluindo à noite e em feriados são
outros fatores determinantes para o seu bom desempenho.
A capacidade das bibliotecas de promover a leitura depende diretamente
do uso que se faz delas. E o uso será cada vez mais intenso quanto melhor for a
qualidade dos serviços prestados. E daí derivarão
outros impactos.
A criação de uma rede de conectividade (internet banda larga) entre as
bibliotecas é mais uma forma de promoção do intercâmbio de experiência e
renovação do conhecimento. Sobretudo em um país como o nosso, com as proporções
territoriais e diversidades, de modo a romper a defasagem que o isolamento
geográfico inevitavelmente gera.
Até 2020 todas as escolas do país, públicas e
privadas, devem ter uma biblioteca. E, sim, bibliotecas em escola,
comprometidas com seu projeto pedagógico e preferencialmente abertas à
comunidade, pois há rincões neste país, mesmo em centros urbanos como São Paulo
ou Rio de Janeiro, onde a escola é a única possibilidade de contato com a
educação e a cultura.
Além do que, é uma estratégia importante para
aproximar as famílias na construção de cultura leitora, que é tarefa pra toda
uma vida, e deve começar em casa já na primeira infância, quando as crianças
ainda não sabem falar.
O professor leitor, auxiliado por uma bela biblioteca
na escola, pode muito. Agora é lei, número 12.244/10: até 2020 todas as escolas
do país, públicas e privadas, devem ter uma biblioteca.
É preciso reconhecer que a biblioteca é um espaço
organizado para a convivência cotidiana com a leitura e que não existe um
usuário ou leitor típico, e sim uma multiplicidade de usuários e leitores
agindo em nome de necessidades, valores, hábitos e expectativas variáveis.
E a boa biblioteca é aquela que atende e surpreende
seu público com ofertas de leituras igualmente variáveis e reveladoras, que
coloca à sua disposição todos os recursos para permitir o desenvolvimento de
uma leitura de mundo apurada, sensível, inovadora, que contribua para que
aprenda a aprender como atuar, ser sujeito, cidadão e solidário num mundo em
permanente transformação.
Fonte: UOL.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Censo: 65% das escolas brasileiras não têm biblioteca
RIO E RECIFE - “Não
pedem para eu ler muito aqui, não. Mas também não faço tanta questão assim.
Acho meio chato”. Assim, Adriel Ferreira, 11 anos, aluno do 5º ano de uma
escola municipal de Belford Roxo (RJ), um menino como milhões de outros país
afora, resume espontaneamente o desinteresse pela leitura, reforçado por um
dado preocupante, mas nada surpreendente: a escola dele integra o gigantesco
grupo de 65% de unidades de ensino, públicas e privadas, sem bibliotecas no
Brasil. Os números, presentes no Censo Escolar 2013 e compilados pelo portal
Qedu, mostram que, desde 2010, quando entrou em vigor a lei 12.244 — que obriga
todos os gestores a providenciar, até 2020, espaços estruturados de leitura em
seus colégios —, a situação praticamente não evoluiu. Naquele ano, só 33,1% das
escolas tinham bibliotecas; em 2013, eram 35%.
— Uma vez até fui mexer ali na sala de leitura (repleta de caixas de papelão e sacos plásticos), mas o pessoal da escola falou que não era para tocar em nada. Disseram que era para os professores — lembra Adriel.
— Uma vez até fui mexer ali na sala de leitura (repleta de caixas de papelão e sacos plásticos), mas o pessoal da escola falou que não era para tocar em nada. Disseram que era para os professores — lembra Adriel.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Santa Catarina tem 2,9 mil escolas sem biblioteca
Assinada há quatro anos, a lei federal que obriga toda instituição
brasileira de ensino a ter uma biblioteca até 2020 impõe um desafio diário a
Santa Catarina. Se quiser cumprir a legislação, pelo menos uma biblioteca por
dia nos próximos seis anos terá de ser criada.
Dados do Censo Escolar 2013 do Ministério da Educação mostram que das
6.161 escolas de SC, 2.981 não possuem biblioteca. Até 2020, cerca de 497
bibliotecas escolares terão de ser implantadas anualmente. A lei ainda
determina que o acervo mínimo seja de um título por aluno matriculado.
O maior déficit de bibliotecas está nas redes municipais. Das 3.937
escolas municipais de SC, 2.475 não têm biblioteca, ou 62% das unidades. A
presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime),
Cleuza Repulho, observa que, por precisar atender à educação infantil, os
municípios muitas vezes usam espaços da biblioteca para criar novas classes. A
presidente ainda pondera o uso do espaço para os livros na educação infantil:
— Fica sem sentido a creche ter apenas a biblioteca sem uma
brinquedoteca ou um cantinho de leitura.
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