No
último sábado (30) voluntários e reeducandos da Unidade Prisional
de Ceres se reuniram para a primeira etapa de organizar os mais de 2
mil títulos que estão à disposição na Biblioteca local.
Pertencente a 7ª Regional Prisional Norte da SAPeJUS, a Unidade tem
recebido o destaque da mídia e o reconhecimento da Sociedade pelo
modo como tem priorizado a reinserção social dos presos,
oportunizando trabalho, estudo, atividades religiosas e culturais. A
Biblioteca, que está a inteira disposição deles, conta com Livros
didáticos para os que desejam voltar a estudar, enciclopédias,
livros jurídicos, romances, clássicos da literatura brasileira,
estrangeira, além de livros religiosos, católicos, cristãos,
espíritas e adventistas.Uma das voluntárias que auxiliou
na organização dos títulos da biblioteca elogiou a iniciativa: "É
gratificante poder ajudar, sei que os livros podem trazer consolo,
esperança, vontade de mudar de vida." ela, que é esposa
de um dos detentos, aproveitou para fazer um apelo para a doação de
livros: "A maioria deles não têm estudo, então procuram
por livros menores, fáceis de ler, como livros cristãos e
de auto-ajuda, mas infelizmente existem poucos deste tipo
aqui na biblioteca, talvez depois desta reportagem as pessoas
procurem a unidade para doar". E acrescentou: "Quem
sabe alguém não se interessa em organizar um projeto de
leitura e reflexão, aqui dentro. Não posso imaginar um trabalho
mais relevante do que auxiliar na recuperação de um preso, isto sem
dúvida tornaria o mundo um lugar melhor pra se viver".
Na
Unidade já existe uma sala de aula climatizada e outras estão em
projeto de construção, o que reforça a filosofia de trabalho do
Diretor Guilherme Vieira: “Nossa intenção é nos transformar
em um complexo que englobe a carceragem com espaço adequado para os
presos, além de oferecermos oficinas de trabalho e educação formal
e profissionalizante, que nos permita devolver um cidadão
efetivamente recuperado para a sociedade". A Unidade Prisional
de Ceres tem hoje, cerca de 90 presos, sendo que 90% dos condenados
estão inseridos em alguma atividade de trabalho ou de estudo.
Fonte: Folha de Ceres.
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