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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Justiça russa se nega a devolver arquivos judeus exigidos pelos EUA

Um tribunal de Moscou negou-se nesta quinta-feira a devolver aos Estados Unidos uma coleção de livros sagrados judaicos exigida por Washington e considerou que cabia aos Estados Unidos devolver à Rússia sete livros do mesmo conjunto atualmente em seu poder.
O tribunal decidiu impor aos Estados Unidos uma multa de 50.000 dólares diários se continuar se negando a devolver os livros que faltam, depositados na Biblioteca do Congresso em Washington.
Em janeiro de 2013, a justiça americana também condenou a Rússia a multas de 50.000 dólares diários enquanto não devolvesse o conjunto da coleção ao movimento religioso judeu hassídico Habad-Lubavitch, baseado em Nova York, que o reivindica.

Os sete livros exigidos por Moscou foram emprestados temporariamente em 1994 à comunidade nova-iorquina, mas esta se negou a devolvê-los em 2000.
A coleção conta com 12.000 livros e 50.000 documentos, incluindo mais de 280 manuscritos. Pertenceu em outra época ao rabino Joseph Isaac Schneersohn, do povoado de Liubavitchi (região de Smolensk, no oeste da Rússia), um dos centros do movimento religioso judaico hassídico, expulso da URSS nos anos 1920.
Os representantes do Habad-Lubavitch se consideram "herdeiros legítimos" de Joseph Isaac Schneersohn, que emigrou aos Estados Unidos em 1940.
Parte da coleção foi nacionalizada na era soviética e depositada na Biblioteca do Estado russo.
Outra parte havia sido levada por Schneersohn à Polônia, onde foi apropriada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. As tropas soviéticas levaram estes livros à Rússia após a queda do nazismo.

Em junho de 2013, o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu transferir a coleção ao Museu judaico construído em Moscou, um dos maiores do mundo, onde podem ser consultados pelo público em uma sala de leitura.

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