Se
você tem livros antigos em casa, provavelmente você deve ter alguns desses
escorpiões em sua estante.
Na
verdade, você realmente gostaria da presença deles, mesmo que pareça assustador
e estranho. Escorpiões-de-livro servem para protegê-los, já que mastigam os
‘piolhos de livros’ (Liposcelis bostrychophilus), que comem a cola que
mantém as páginas unidas.
Apesar
do nome, o escorpião-de-livro (Chelifer cancroides) não é um escorpião real.
Ele tem duas garras como um escorpião, mas não possui ferrão. Ele é um
aracnídeo que pertence a ordem Pseudoscorpionida, onde existem mais de 2.000
espécies diferentes.
Geralmente,
seu corpo tem 0,8 a 2 centímetros de comprimento. Possui cor pálida e tem uma
cabeça proeminente. É muitas vezes confundido com um percevejo, fazendo com que
muitas pessoas matem-nos, o que, obviamente, é um grande erro para a sua
coleção de enciclopédias antigas. O escorpião-de-livro é tão pequeno, que
jamais poderia prejudicar um ser humano.
Você
só vai encontrar escorpiões de livro (assim como os piolhos de livro) em
lugares onde os livros antigos são armazenados. Isso é porque os livros mais
recentes usam cola sintética, que não podem ser comidos por eles, como a cola à
base de amido de antigamente. Mas se você tem livros antigos, há uma chance de
que você possa ter uma colônia desses bichinhos.
A
batalha entre os escorpiões-de-livro e a antiga cola existe há muito tempo. Por
exemplo, em sua micrografia de trabalho (1665), o inglês filósofo natural
Robert Hooke (1635-1703) menciona um animal que foi identificado como um
escorpião-de-livro, dando indícios de sua primeira identificação.
Mas,
como já foi dito, é ideal que eles sejam mantidos. Cuidado na limpeza dos
livros antigos, pois eles podem morrer, tornando o acervo mais vulnerável se
não está aclimatizado em condições controladas de ambiente.
Fonte: Jornal Ciência.
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