A
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo (FEA-USP) inaugura nesta quarta-feira (02/07) as novas instalações de sua
biblioteca, que ocupam uma área de mais de 5 mil metros quadrados. As obras de
reforma e ampliação tiveram início em 2010 e foram executadas com recursos da
USP e da iniciativa privada, nos termos da Lei Rouanet.
Acomodados
em estantes deslizantes, os 430 mil volumes formam a maior coleção na América
Latina de obras nas áreas de Administração, Economia, Contabilidade e Ciências
Atuariais. Há ainda títulos de áreas como História, Filosofia, Artes e
Religião. Mais da metade do acervo – 250 mil livros – foi doada pelo
ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento Antonio Delfim Netto,
ex-aluno e professor emérito da FEA.
Além
de 9.624 metros de estantes, a biblioteca conta com dois anfiteatros, um deles
inspirado em modelo da Harvard University, nos Estados Unidos, cinco salas para
estudos em grupo e um espaço colaborativo chamado Design Thinking, com mobiliário
e equipamentos de projeção que podem ser dispostos de acordo com as
necessidades dos usuários para trabalhos em equipe.
A
ideia, de acordo com o diretor da FEA, Reinaldo Guerreiro, é incentivar a
criatividade e a colaboração entre os estudantes. “Trata-se de um ambiente
inovador de desenvolvimento do conhecimento, estimulando a reflexão e a
aprendizagem de forma conjunta”, disse à Agência FAPESP.
O
projeto de reforma da biblioteca foi concebido na gestão de Carlos Roberto
Azzoni, antecessor de Guerreiro. A área total cresceu de 1.500 metros quadrados
para 5.288 metros quadrados. Há 320 mesas de estudo individuais e estima-se que
o número médio de visitantes por ano aumente de quase 350 mil para 537 mil.
Um
dos anfiteatros tem capacidade para 120 pessoas; o outro tem layout flexível,
permitindo a subdivisão do espaço para eventos simultâneos. Os dois são
equipados com projetor e videoconferência.
O
novo prédio conta com cinco salas de estudo em grupo, misto de biblioteca e
laboratório, chamadas de biblabs. Quatro têm capacidade para até seis pessoas e
a quinta tem espaço para 60 pessoas. Professores e alunos poderão utilizar o
espaço após agendamento; nos dias livres, ele ficará aberto para visitantes.
Os
projetos de modernização em andamento incluem a digitalização de todo o acervo
para o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP, a incorporação de novos
equipamentos de informática e a implementação de tecnologia que converte o
conteúdo dos livros em audiobooks.
As
áreas são adaptadas para pessoas com deficiência, com elevador entre os pisos e
equipamentos para atendimento de usuários com necessidades especiais.
Com
a ampliação, espera-se que a biblioteca se torne um lugar de convivência para
alunos, docentes e visitantes em geral. “A FEA é considerada o maior centro de
publicação de trabalhos científicos nos campos em que atua e nossa biblioteca
tradicionalmente já recebia usuários de diversas instituições de ensino e
pesquisa. Com sua área física mais que dobrada, amplia-se também o alcance da comunidade
acadêmica aos nossos espaços e acervo”, disse Guerreiro.
Parcerias
As
obras foram executadas com recursos da USP e da iniciativa privada, nos termos
da Lei Rouanet. Também contaram com doações de organizações diversas e pessoas
físicas, entre professores, funcionários, alunos e ex-alunos.
A
USP investiu R$ 6,7 milhões nas obras civis de ampliação do prédio da
biblioteca. Para as obras de expansão e modernização foram arrecadados no total
R$ 1,26 milhão. Foram captados com incentivo fiscal R$ 420 mil, entre a Natura
Cosméticos e a Construções e Comércio Camargo Corrêa.
O
Banco Santander e a LCA Construtores doaram, sem contrapartida, R$ 200 mil e a
campanha de doações individuais somou R$ 644,4 mil, mobilizando 566 doadores. O
Instituto Carlos e Diva Pinho doou as instalações de uma sala anfiteatro.
Já
para o resguardo da doação do acervo de Delfim Netto foram captados, com
incentivo fiscal, R$ 6,4 milhões. Os patrocinadores foram o Banco Safra, o Itaú
Unibanco, a Sucocítrico Cutrale, a construtora Norberto Odebrecht, o grupo
segurador Banco do Brasil Mapfre, a Companhia Cacique de Café Solúvel, a
Construções e Comércio Camargo Correa, a Comexport, a Nossa Caixa
Desenvolvimento, o Grupo É Ouro e a PricewaterhouseCoopers.
De
acordo com Guerreiro, a experiência de mobilização de recursos ajudará a lançar
o Fundo Patrimonial FEA-USP para a manutenção da sustentabilidade financeira da
instituição.
Para maiores informações, clique aqui.
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