O Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, é conhecido no mundo
todo por algumas das invenções mais criativas (e malucas) dos últimos tempos.
De um carro dobrável e colete a prova de balas tão fino como papel, até um
metal capaz de se regenerar e impressão 4D, são vários os projetos que fica
difícil acreditar que tanta tecnologia poderá, um dia, estar de fato em nossas
vidas.
Agora, a nova investida do instituto tem como foco a educação. E se você
é desses que sempre tiveram curiosidade de sentir na pele as emoções dos seus
personagens favoritos nos livros, saiba que muito em breve isso será possível.
Cientistas do MIT Media Lab estão desenvolvendo um livro interativo que permite
ao leitor experimentar as sensações dos personagens que estão na obra. A
novidade foi batizada de "Sensory Fiction" ("Ficção
Sensorial", na tradução livre).
Funciona assim: o usuário precisa vestir um traje eletrônico equipado
com sensores por toda sua extensão. Na parte da frente ficam localizadas duas
placas pouco acima do peito responsáveis por transmitir o batimento cardíaco,
enquanto que nos ombros ficam as alças que medem a temperatura do corpo. Há
ainda um controle central, na parte das costas e logo abaixo do pescoço, que
comanda os efeitos sensoriais.
Além disso, outras quatro placas em volta da cintura são responsáveis
pelas sensações de compressão. Estas influenciam diretamente na pressão
arterial do leitor para aumentar ou diminuir a sensação de batimentos
cardíacos, por exemplo.
A primeira obra equipada com a tecnologia desenvolvida pelo MIT é
"The Girl Who Was Plugged In" ("A Menina Que Estava
Plugada"), de James Tiptree. A edição especial do livro possui saídas de
áudio, vibração, sistema de compressão com airbags pressurizados que transmitem
sensação de aperto ou afrouxamento, e um dispositivo de aquecimento pessoal que
muda a temperatura da pele. O objeto ainda é revestido com 150 luzes de LED que
se alteram de acordo com as sensações vividas pelos personagens e passadas ao
leitor.
Resumindo isso tudo, imagine que o protagonista da trama está triste por
algum acontecimento marcante. A capa do livro então se acende e cria a
iluminação do ambiente para refletir a situação. Ou em um momento de medo e
angústia, o colete se aperta ao redor do peito do leitor. E em fases mais
alegres, os sensores são condicionados a soltarem pequenas vibrações que
influenciam a frequência cardíaca para o coração bater mais rápido.
Ainda não há previsão de lançamento do projeto no mercado.
Veja o vídeo: http://vimeo.com/84412874#at=0
Fonte: Canaltech
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