Uma obra rara
furtada há quase seis anos do Museu Emílio Goeldi, em Belém, e avaliada em mais
de US$ 20 mil foi devolvida nesta semana ao país, após ser oferecida para a
casa de leilões nova-iorquina Swann.
O livro em questão,
“Rerum Medicarum Novae Hispaniae” (1628), do médico e botânico espanhol
Francisco Hernandez, era um entre 60 volumes dos séculos 16 aos 19 retirados da
biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, no museu.
A instituição
percebeu a ausência dos livros em dezembro de 2008, durante um treinamento para
manuseio e curadoria das coleções da biblioteca, e acredita que o furto tenha
ocorrido ao longo de vários meses, dada a quantidade de obras desaparecidas.
O livro recuperado
não é, segundo o museu, nem o mais antigo nem o mais valioso dentre os
desaparecidos. Ele foi localizado no final do ano passado, depois que um
especialista da galeria Swann foi procurado para avaliar o livro e resolveu
checar se constava de uma lista de obras roubadas organizada pela Interpol.
Com a confirmação da
procedência, a Interpol acionou a Polícia Federal brasileira. A notícia veio à
tona nesta semana, quando a obra enfim foi entregue na sede da Polícia Federal,
em Brasília. Ela será entregue na próxima quarta-feira ao museu. A descoberta
fará a PF retomar as investigações sobre o furto do livro, agora com a ajuda do
FBI (Federal Bureau of Investigation).
“A investigação não
tinha avançado por falta de indícios. Desconfiamos de uma quadrilha conhecida
por grandes roubos do gênero, mas não temos provas. Agora, no mínimo podemos
vincular o ofertante da obra com o furto”, diz o delegado Adalton Martins,
chefe da Divisão de Combate aos Crimes contra o Meio Ambiente.
Com um acervo de
mais de 3 mil obras raras, a biblioteca do Museu Goeldi esteve fechada para reformas
de 2010 a 2012. Atualmente, os títulos mais valiosos estão guardados em uma
sala cofre.
Fonte: Correio 24 horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário