Quem pesquisar pela internet textos publicados em
duas dezenas de órgãos de imprensa entre os anos 1970 e meados dos 1990 no
acervo digital de jornais e revistas da Biblioteca do Senado encontrará somente
reportagens sobre um único político: José Sarney (PMDB-AP). Os registros eletrônicos mostram que mais de 10
mil reportagens foram indexadas com o assunto "Sarney, José", e nada
mais. Diversas imagens escaneadas dos recortes de jornais mostram o nome do
senador como único termo sublinhado nos títulos das reportagens. O foco de quem
organizou o arquivo foi a pessoa, não o contexto das notícias. As informações
foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo.
Pelos 10.677 textos
estão desde considerações de Sarney sobre política, diplomacia e economia até
registros sobre a saúde da mãe dele, Dona Kiola. Também há referências a
escândalos e denúncias no decorrer de sua trajetória política. Só não estão
incluídas menções à Assembleia Constituinte de 1988. O motivo é a existência de
outra coleção digital que concentra reportagens sobre a Carta Magna. Também
nela, Sarney é a estrela: seu nome é citado em mais 19.847 textos - 58% dos
quase 34 mil registros.Informações
de bastidores da biblioteca e da direção do Senado revelaram que foi Sarney, em
sua primeira gestão como presidente da Casa, entre 2003 e 2005, quem deu a
largada para a digitalização do noticiário referente à Constituinte e também de
um projeto intitulado "Presidentes do Senado". Embora Sarney tenha
sido o 62º senador a ocupar o posto, o trabalho começou - e acabou - por ele.
Renan Calheiros (PMDB-AL), seu sucessor, encerrou contratos com funcionários
terceirizados e pôs fim ao projeto.
Fonte: Terra.
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