A primeira biblioteca em braile da região oeste do Pará não está
funcionando devido a falta de profissionais especializados para realizar o
atendimento. A Associação dos Deficientes Visuais do Baixo Amazonas (Adevibam),
em Santarém, espera pela
inauguração do espaço há mais de um ano.
De acordo com o presidente da associação, Ivanilson Cardoso, em 2013 foi
solicitado que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) disponibilizasse
profissionais para atender às necessidades do espaço. “O que está faltando é
justamente o acerto com o município, no sentido deles entrarem com a parte de
recursos humanos que vem dá essa condição e ofertar esses serviços à pessoa com
deficiência visual dentro da entidade e ao público que tem ausência
desses serviços na rede de ensino público”, explica.
A biblioteca é equipada com livros em áudio e na língua brasileira de
sinais e também possui uma lupa gigante e digital. O espaço vai funcionar na
sede da Adevibam, no bairro Santíssimo, em Santarém.
Dentre as inovações que os deficientes visuais poderão encontrar na
biblioteca está a caneta de áudio descrição, com livro em braile e um narrador
que conta a história, descrevendo cada imagem do livro.
O estudante Wendel Junior, de 12 anos, começou a perder a visão em 2007.
Ele cursa o 6º ano do Ensino Fundamental, na Escola Municipal Aluísio Martins,
mas enfrenta dificuldades para estudar na turma regular. Ele acredita que ter
um acompanhamento de um profissional e uma biblioteca especializada pode ajudar
no aprendizado. “[Preciso] de uma professora para me ajudar e uma biblioteca em
braile para eu aprender”.
De acordo com a secretária de educação, Irene Escher, o processo para
atender à solicitação da Adevibam envolve as secretarias de cultura,
assistência social e educação. Um documento com as solicitações já foi
encaminhado ao prefeito. “Nós estamos aguardando uma posição do prefeito, junto
à vice-prefeita. Nós explicamos que a Semed está aguardando essa tramitação via
prefeitura para que a parceria seja na verdade não só de uma secretaria
isoladamente, e sim da prefeitura”, conclui.
Fonte: G1.
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